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domingo, 11 de setembro de 2011

Viva a Liberdade!















Na janela dos silos
De uma casa de fazenda
Um casal de transeuntes passarinhos
Viram um velho chapéu dependurado,
Não pediram licença ao dono
E logo dele se apossaram!
O casal começou a construir seu ninho,
Não desconfiavam que uma certa menina
De longe lhes espreitava!
Dia a dia traziam gravetinhos
E preparavam o ninho
Dos filhotes que esperavam!
Lugar melhor não havia,
Pela manhã batia sol dourado,
À tarde sombra e brisa ali chegavam!
Terminada a empreitada
A mamãe passarinho pôs ali quatro ovinhos
E encima deles por longo tempo se deitava!
Por fim as cascas romperam
E quatro filhotes pelados nasceram!
A mamãe durante o dia ia buscar comida
Para os esfomeados bebês:
De longe trazia sementinhas, insetos
E lagartinhas
E com o seu próprio bico
Na garganta deles depositava,
Sendo mãe de quadrigêmeos
Será que ela sabia o qual tinha alimentado?
Os filhotes devagar foram emplumando
E a menina curiosa continuava observando!
À noite a cuidadosa mamãe
Os cobria com suas asas!
Certo dia, já cuidados e emplumados
Prá longe bateram as asas
Prá cuidar de si sozinhos!
A mamãe deixou o ninho
Foi buscar novos carinhos

A menina então pensava:
“Como é bom ser passarinho,
Não pede licença, não paga aluguel,
Não  tem chefe nem supervisor
Com amor faz bem o seu trabalho
E sem nenhuma cobrança
Emancipam seus filhinhos!”

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Quebranto







O bebê estava lindo
Nos braços de sua mãe

Passou um ente curioso
E comentou:
“Mas que bebê lindo!”
A mamãe estremeceu.
No dia seguinte
O menino adoeceu,
A vovó chamou a rezadeira
Que o pequenino benzeu
Com uns galhinhos de arruda
Cruzava o corpo do neném
E dizia baixinho palavras
Que só ela sabia dizer!
Quando a arruda murchava
Devagar ela saía,
E o bebê ficava curado!